Sexta-feira, 23 de Julho de 2004

Movimentos perpétuos

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MORREU CARLOS PAREDES, o génio da guitarra portuguesa.

Nascido a 16 de Fevereiro de 1925, Carlos Paredes cresceu numa família de músicos e aprendeu a tocar guitarra portuguesa com o seu pai, Artur, aos quatro anos, à revelia da sua que queria que aprendesse a tocar piano. O avô Gonçalo constituíu, também uma importante para o génio.

Mudou-se para Lisboa em 1934, com apenas nove anos, tendo concluído os estudos no Jardim-Escola João de Deus. Depois passou pelo liceu Passos Manuel e pelo Instituto Superior Técnico, sem chegar a terminar o curso
O início de uma longa carreira

O primeiro disco apareceu em 1957 - intitulado «Carlos Paredes» - seguindo-se uma série de bandas sonoras, até ao aparecimento do álbum «Guitarra Portuguesa», que contava com Fernando Alvim à viola.

Seguiram-se «Romance Nº 2», «Fantasia», «Porto Santo» e «Guitarra Portuguesa». O disco «Movimento Perpétuo» surgiu três anos depois, em 1971.

Chegou a estar preso durante a ditadura e durante e após o 25 de Abril tocou em vários pontos do país. No entanto só voltou a editar um disco em 1987. Antes, em 1975, Carlos Paredes toca em «É preciso um país» enquanto que o político Manuel Alegre recita poemas.

O fim da carreira

O músico e compositor conciliou a sua carreira musical com a actividade como administrativo no Hospital de S. José, em Lisboa, até à década de 90.

Em Dezembro de 1993 Carlos Paredes descobre que padece de uma mielopatia, uma doença que mais tarde o impediu de tocar guitarra.

Desde então, o génio da guitarra portuguesa encontrava-se internado na Fundação-Lar Nossa Senhora da Saúde, no bairro lisboeta de Campo de Ourique.

in "Sapo Online"

A simplicidade e ternura do homem competia ferzmente com a geniallidade do mestre que chegou a ensinar guitarra portuguesa em Coimbra, na Almedina, terra natal
O compositor e cantor Luís Cilía, que privou com Carlos Paredes, contou à TSF que ficou espantado quando chegou de Paris, altura em que conheceu o músico, e percebeu que «aquele homem genial não vivia da sua música».
Manuel Alegre destacou o «fogo dos Paredes» e o «génio singular» de Carlos Paredes.

Neste momento de dor abrasadora para um povo e uma cultura, o Governo decretou luto nacional. " Perdemos o Homem mas ficou a obra. Resta-nos esse consolo.

publicado por Lancelote às 20:46
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