Foto: Tiago Estima
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Junho é o sexto mês do calendário gregoriano e tem 30 dias. O seu nome é derivado da deusa romana Juno, mulher do deus Júpiter.
Juno ou Juno Lucina, também conhecida como Hera na mitologia grega, é a esposa de Júpiter e rainha dos deuses. É representada pelo pavão, sua ave favorita. Íris era sua servente e mensageira.
Juno e Júpiter tinham 2 filhos, Marte (Ares), deus da guerra e Vulcano (Hefesto), o artista celestial, que era coxo. Juno sentia-se tão aborrecida ao vê-lo que atirou-o para fora do céu. Outra versão diz que Júpiter o jogou para fora, por este ter participado de uma briga do rei do Olimpo com Juno, deixando-o coxo com a queda.
Juno possuia muitas rivais, entre elas, a bela Calisto, que Juno, por inveja da imensa beleza que conquistara seu marido, transformou numa ursa. Calisto passou a viver sozinha com medo dos caçadores e das outras feras da floresta, esquecendo-se de que agora ela própria era uma. Um dia, Calisto reconheceu num caçador seu filho Arcas, já homem. Quis correr e abraçá-lo mas Arcas já erguera sua lança para matá-la quando Júpiter, vendo a desgraça que estava por acontecer afastou-os e lançou-os ao céu transformando-os nas constelações de Ursa Maior e Ursa Menor. Juno, enfurecida por Júpiter ter dado tal privilégio a sua rival, sai à procura de Tétis e Oceanus, as antigas divindades do mar. Conta-lhes toda a injúria que Júpiter fizera a ela, e pede para que eles não deixem as constelações se esconderem em suas águas. Assim a Ursa Maior e a Ursa Menor movem-se em círculo no céu mas nunca descem por trás do oceâno, como as outras estrelas.
Outra de suas rivais foi Io, que Júpiter, ao sentir a presença de Juno, transforma em uma novilha. Juno, desconfiada, pede a novilha de presente. Júpiter não podia negar um presente tão insignificante a sua mulher, então, pesaroso, entrega a novilha a Juno que coloca-a sob os cuidados de Argos, um monstro de muitos olhos, e tendo tantos, nunca fechava mais que dois para dormir, vigiando Io dia e noite. Júpiter, perturbado pelo sofrimento da amante, pede a Mercúrio que mate Argos. Com músicas e histórias, Mercúrio consegue fazer com que Argos feche seus 100 olhos e nisso corta sua cabeça fora. Juno entristecida recolhe seus olhos que haviam perdido toda a luz e coloca-os na cauda de seu pavão, onde permanecem até hoje.
Enfurecida, Juno persegue Io por muitas partes da terra até que Júpiter intercede por ela prometendo não dar mais atenção a Io. Juno concorda devolvendo-lhe a aparência humana.
Outro forte inimigo de Juno foi Hércules, filho de Júpiter com a mortal Alcmena. A este declarou guerra desde seu nascimento. Com uma tentativa frustrada de matá-lo quando era apenas um bebê, Juno o submete a Euristeus, que o envolve em muitas aventuras perigosas que ficam conhecidas como "Os 12 Trabalhos de Hércules".
Fonte: Wikipédia
Porquê 1 de Junho como o Dia Mundial da Criança?
Reza a história que foi depois da Segunda grande Guerra Mundial, na altura, infelizmente não diferente da que se vive hoje, as crianças de todo o mundo enfrentavam grandes dificuldades. A alimentação era deficiente e os cuidados médicos eram escassos. Os pais não tinham dinheiro, viviam com muitas dificuldades, retiravam os filhos das escolas e eram obrigados a trabalhar de sol a sol. Mais de metade das crianças europeias não sabia ler nem escrever. Em 1950, a Federação Democrática Internacional das Mulheres, propôs às Nações Unidas que se encontrasse um dia dedicado a todas as crianças do Mundo. Os Estados Membros da ONU, reconhecendo que as crianças, independentemente da raça, cor, sexo, religião e origem, necessitam de cuidados e atenções especiais, precisam de ser compreendidas, preparadas e educadas de modo a terem possibilidades de usufruir de um futuro condigno e risonho. Propuseram o dia 1 de Junho, como o Dia Mundial da Criança. Nunca é demais lembrar, até porque poucas vezes isso tem sido feito, quais os direitos que assistem especificamente às crianças, e que estão consagrados na Convenção sobre os Direitos da Criança que foi elaborada em 1989 pelas Nações Unidas, que tiveram em consideração, entre outras coisas, o indicado na Declaração dos Direitos da Criança, adoptada em 20 de Novembro de 1959 pela Assembleia Geral desta Organização, que dizia que “a criança, por motivo da sua falta de maturidade física e intelectual, tem necessidade de uma protecção e cuidados especiais...”. A ONU reconheceu também que “em todos os países do mundo há crianças que vivem em condições particularmente difíceis e a quem importa assegurar uma atenção especial, tendo devidamente em conta a importância das tradições e valores culturais de cada povo para a protecção, o desenvolvimento harmonioso da criança e a importância da cooperação internacional para a melhoria das condições de vida das crianças em todos os países, em particular nos que estão em desenvolvimento.”
Fonte: Jornal "O Primeiro de Janeiro"
Em 20 de Novembro de 1989, as Nações Unidas adoptaram por unanimidade
a Convenção sobre os Direitos da Criança (CDC), documento que enuncia um amplo conjunto de direitos fundamentais – os direitos civis e políticos, e também os direitos económicos, sociais e culturais – de todas as crianças, bem como as respectivas disposições para que sejam aplicados.
A CDC não é apenas uma declaração de princípios gerais; quando ratificada, representa um vínculo juridíco para os Estados que a ela aderem, os quais devem adequar as normas de Direito interno às da Convenção, para a promoção e protecção eficaz dos direitos e Liberdades nela consagrados.
Este tratado internacional é um importante instrumento legal devido ao seu carácter universal e tembém pelo facto de ter sido ratificado pela quase totalidade dos Estados do mundo (192). Apenas dois países, os Estados Unidos da América e a Somália, ainda não ratificaram a Convenção sobre os Direitos da Criança.
Portugal ratificou a Convenção em 21 de Setembro de 1990.
A Convenção assenta em quatro pilares fundamentais que estão relacionados com todos os outros
direitos das crianças:
• a não discriminação, que significa que todas as crianças têm o direito de desenvolver todo o seu potencial –
todas as crianças, em todas as circunstâncias, em qualquer momento, em qualquer parte do mundo.
• o interesse superior da criança deve ser uma consideração prioritária em todas as acções e decisões que lhe digam respeito.
• a sobrevivência e desenvolvimento sublinha a importância vital da garantia de acesso a serviços básicos e à igualdade de oportunidades para que as crianças possam desenvolver-se plenamente.
• a opinião da criança que significa que a voz das crianças deve ser ouvida e tida em conta em todos os assuntos que se relacionem com os seus direitos.
A Convenção contém 54 artigos, que podem ser divididos em quatro categorias de direitos:
• os direitos à sobrevivência (ex. o direito a cuidados adequados)
• os direitos relativos ao desenvolvimento (ex. o direito à educação)
• os direitos relativos à protecção (ex. o direito de ser protegida contra a exploração)
• os direitos de participação (ex. o direito de exprimir a sua própria opinião)
Para melhor realizar os objectivos da CDC, a Assembleia Geral da ONU adoptou a 25 de Maio de 2000 dois Protocolos Facultativos:
Protocolo Facultativo à Convenção sobre os Direitos da Criança relativo à venda de crianças,
prostituição e pornografia infantis (ratificado por Portugal a 16 de Maio de 2003);
Protocolo Facultativo à Convenção sobre os Direitos da Criança relativo ao envolvimento de crianças
em conflitos armados (ratificado por Portugal a 19 de Agosto de 2003);
Fonte: Site da UNICEF (www.unicef.pt)
Os números da nossa vergonha:
- Um milhão de crianças vive em regime de detenção;
-143 Milhões de crianças não têm pais;
-171 Milhões de crianças trabalham em condições perigosas;
-8,4 Milhões de crianças estão nas piores formas de trabalho infantil;
-2 Milhões de crianças são utilizadas na indústria do sexo (com todas as atrocidades que essa situação implica).
- Milhões servem em residências privadas transformando-se em escravos de palmo e meio, outros tantos são à força tornados soldados. Fome, doença, falta de identidade, e contam-se mais uns milhões. Não há número definido para as crianças que são assassinadas, para as que são vendidas, mutiladas, utilizadas em ritos, largadas à má sorte. Os constantes relatórios tentam funcionar como gritos de alerta. A demagogia é invocada quando se diz que enquanto uns passam férias na Lua, outros morrem de fome na Terra. Enquanto uns fazem festas de milhões, outros tantos padecem pela ausência de cuidados primários. Exemplos e mais exemplos… demagogia? Seja. Mas é indesmentível.
Fonte: Jornal "O Primeiro de Janeiro".
Hoje, dia mundial da criança, a par de celebrações, é necessário lembrar quanto ainda há para mudar, para fazer e refazer. Tudo o que de melhor foi conquistado e cuja manutenção deverá ser garantida. É preciso lembrar que nós fomos as crianças de ontem, e as nossas serão os homens e mulheres de amanhã.
Para o meu irmão Ricardo.
Ruy de Nilo
01/06/2006
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