Foto: Ricardo Alves
tenho a utopia engarrafada nas algibeiras,
tantas vezes amputado em corridas sem meta,
gastas de tanto reasfaltadas,
repetido "mastiga-las" com dentes cariados.
trauteio cantos com o silêncio da voz tremida.
converti-me, condenado à companhia da alma "mater".
tenho a fé incrédula, disforme pela distância míope.
mordo esquinas em recta na busca de ângulos,
na expectativa de muros
tenho os cabelos desordenados,
acordados sob cobertas axadrezadas,
confundidos pela alumiação de estrelas fundidas.
recorri às telas com faces ruborizadas de cansaço,
vislumbrei a sobriedade dos escolhidos,
ganhei medo por receio de ser medo.
sou ametista deslapidada por teimosia!
rasguei as nuvens com raiva infantil,
eclipsei por birra o rito do nascer do sol
com a insanidade alheada do incessante vagabundear.
preciso reunir-me, caco à caco, para me ser um novo eu!
Ruy de Nilo (RdN)
06/04/2006
23h20m
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