É sempre numa terra. E sempre distante da minha realidade.
Apenas está apegada ao meu imaginário por histórias com velhice e sem tempo;
com muitos contos do conto das gentes…uma terra já com história adulta.
Nessa terra cacimbada, ainda tem cheiro dos meus passos, da minha pele.
Sempre a tenho a diambular-me no pensamento.
Tem a minha vida sentida com o peito. Tem-me descalço.
Tem a última radiografia do meu esvoaçar no ar
já calçado com os sonhos de dormir.
Tem o chuviscar infinito tracejado de feridas. Essa terra desconheceu a minha curvatura, mas espera por mim na gávea da espuma,
que se desembrulha no eterno abraço do mar com o meu chão.
Essa terra que me cabe no coração…à ela tenho uma ligação de filho.
Se ela sofre, eu sofro no calado do seu sofrimento. Ela escorre-me no respirar.
- Chegamos! Vês esta terra até ao infinito? È desta terra que vos falo.
Esta terra com casinhas vermelhas e pretas…aqui...do lado direito do mapa.
Esta é a minha terra . O que achas?...Dei-lhe o nome de "rosto da chuva".
Ruy de Nilo
11/08/2006
23h31m
(Casa)
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