José M G Pereira
e quando o tempo for diferente,
rasgando espíritos, emendando pecados
terei um resguardo que me fará gente.
tenho em frente um firmamento que me acena eterno.
tenho gastos os olhos do tempo. poeirentos de gestos.
tenho-te assim... rebuscada em meu dentro.
sofrendo em bocados (fatias de vento sem tempo), iludindo o passado,
imaginando-o um futuro contigo...
rastos meus no traço, equilibrando um moinho de papel.
tens o cheiro do trigo entrelaçado com fumaça de trincheira.
descolando um adeus na aldraba o aceno.
é a imagem durável nos passos do pensamento.
hoje garatujo a razão de me ocupares no limiar de cada sensatez.
hoje tenho novo passo, nova cadência...
amedronta-me não ser capaz de sonhar um laço amadurecido por ti.
tu que tanto soubeste sobreviver, ser madura por mim. tu...
tu que em mim encontraste a tua urdes - eterno opiáceo.
faltou-me um soluço para mudar o embaraço da onda. faltou-me ar.
Ruy de Nilo
Viana (19h08m)
04-12-2007
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