By Rui De Nilo.
I
à cada instante és mais distância. à cada chamada és mais ausência. à cada palavra és mais lonjura. à cada tu que me conquista sou menos eu que se te aproxima. à cada confissão do meu amor é mais de ti que me fascina... mas é tanto de mim que me subtrais. tanto de ti que desconheço em meu dentro. tanto o que se esvai entre os dedos ... a espera que a tua mão côncava me recolha aos teus olhos. e enfim vejas, quanto de mim é teu... tanto pouco o que me sobra para que te possa dizer: estou aqui... a tua espera! Na verdade, estou aí, a espera aqui, que o que resta de mim recolhas em teus braços...
II
Quando no teu tempo houver um espaço para o beijo de um vento como eu, diz "psiu!". Enquanto isso, vou andar por aí. A assobiar por entre as frestas das portas, a estampar-me contra janelas e transeuntes, a farejar as copas das árvores e as flores do meu jardim que nunca receberás, a assoprar casais de namorados entrelaçados à bancos de jardim, ansiosos para um abraço terno... O mesmo que de ti, queria fosse meu.
"Tanto sem mim para sermos tudo. Só em ti. Apenas por amor. Sabes, mulher?!... O amor só vale a pena se for para doer"
Teresa Cândida. Psiu! Sou teu!
RdN 19h34m 13/09/2014
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